sexta-feira, 25 de novembro de 2011

COMO SABER SE NA SUA PARÓQUIA A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO É FORTE?


COMO SABER SE NA SUA PARÓQUIA A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO É FORTE?
Por Marcos Paulo Teixeira
 
Atualmente, a TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO é a doutrina herética que mais ataca a Sã doutrina Católica. Na verdade, ela não é uma heresia, mas sim, um conjunto de heresias que até fica difícil detectá-la nas nossas paróquias.
“A TL, porém, prega um conceito marxista (inspirado pelo teórico do marxismo – do comunismo -, Marx) segundo o qual haverá um paraíso na Terra quando os pobres retirarem dos ricos as riquezas e as distribuírem, criando assim uma sociedade sem classes.” (Prof. Felipe Aquino)
Se na sua paróquia há alguns desses tópicos abaixo, cuidado! A TL pode ser forte nela.
1 – Se na quaresma, os ministérios de música são forçados a cantar os cantos da Campanha da Fraternidade durante os 40 dias, sendo explicitamente proibidos cantar outros cantos;
2 – Se no dia 7 de setembro,  todos os grupos são obrigados a participar do grito dos excluídos, cancelando todos os eventos paroquiais nesse horário, e o que é pior, o padre diz que o grito dos excluídos equivale à via-sacra;
3 – Se no canto do Cordeiro da Santa Missa, toca-se a melodia asa branca de Luiz Gonzaga;
4 – Se é distribuído nas pastorais para ser estudado as “análises de conjuntura” escritas por assessores marxistas infiltrados na CNBB;
5 – Se no final da reunião da pastoral da juventude terminar sempre com AXÉ ao invés de amém;
6 – Se na homilia o padre diz que Jesus era socialista por preferir os pobres;
7 – Se no ofertório da Missa é ofertado ícones da luta operária como enxada, colher de pedreiro, bandeira da MST etc;
8 – Se na Via Sacra do período quaresmal, faz-se reflexões comunistas da causa operária, ao invés das reflexões espirituais;
9 – Se o canto de entrada for: “A Igreja é povo que se organiza”;
10 – Se na “Missa do Vaqueiro”, os vaqueiros comungam  montados;
11 – Se a comunhão é distribuída sob a forma de pão francês;
12 – Se nas reuniões de formação para líderes tiverem exclusivamente temas como formação de fé e política;
13 – Se as seitas protestantes crescem muito na região da paróquia;
14 – Se o padre diz na Missa que não usa batina graças à Deus;
15 – Se há bebedeira de grupo de casais depois da Santa Missa, alegando que é confraternização;
16 – Se a paróquia forma os jovens com textos de Jon Sobrinho, Leonardo Boff, Frei Betto etc;
17 – Se na procissão de entrada da Bíblia entra um jovem sem camisa dançando danças africanas levando a Bíblia até o altar;
18 – Se é desencorajado a leitura de textos do Cardeal Joseph  Ratzinger, atual Papa Bento XVI;
19 – Se o padre da paróquia é filiado ao PT, PCdoB outro partido comunista;
20 – Se nos festejos do padroeiro tem um dia reservado para maçons e outro para espíritas afro-descendentes;
21 – Se a metodologia de formação de pastoral for: VER, JULGAR E AGIR;
22 – Se o tema das reuniões das comunidades de base forem tipo “ESPIRITUALIDADE LIBERTADORA” ou “Seguir Jesus no compromisso dos excluídos”;
23 – Se numa palestra DST/AIDS não se falar em castidade;
24 – Se o discusso de líderes paroquiais forem tipo: A Doutrina da Igreja não interessa, assim como não interessa o céu. Interessa sim a organização de movimentos populares para lutar por reivindicações puramente materiais: terras (como o MST), aumentos salariais, etc;
25 – Se nos encontros de pastorais o palestrante falar que a graça de Deus é apenas uma expressão, e os Sacramentos são apenas símbolos – a Eucaristia é símbolo da partilha do pão material, o Batismo é símbolo de compromisso com a causa da Revolução comunista;
26 – Se você encontrar um cartaz no quadro de aviso da paróquia com os dizeres:  “Libertação” significa a obtenção de condições materiais adequadas na terra através de reivindicações políticas: terra, casa própria, sistemas sanitários, etc.”;
27 – Se sua paróquia tiver CPT (comissão pastoral da Terra), pois para a TL, a propriedade particular é uma abominação, o único pecado existente. O apego aos bens materiais – terra, casa, etc. – porém, é visto por eles como um bem. O objetivo do homem, para eles, é justamente lutar por bens materiais;
28 – Se nas reuniões da Pastoral da Juventude estiver no centro a foto de Che Guevara ou Fidel Castro, ao invés da Cruz;
29 – Se o jornalzinho da Missa é “O DOMINGO”;
30 – Se a programação para os encontros de crismar for: Sociedade, libertação do excluídos, papel da Igreja frente a conjuntura política brasileira etc;
31 – Para a TL a existência da Hierarquia é sinal de um roubo de poder que deveria pertencer ao “Povo”. É por isso que nas dioceses ainda em poder da TL, não são incentivadas as vocações sacerdotais e as paróquias são substituídas por comunidades dirigidas por leigos, logo na paróquia não há pastoral vocacional;
32 – Se na homilia da Missa, o padre chamar um  leigo para fazer a reflexão;
32 – Se é extremamente difícil você conseguir se confessar com o seu pároco, pois para a TL não existe pecado individual, mas sim social, quando você não adere a causa comunista;
33 – Se não há adoração ao Santíssimo Sacramento na paróquia, pois para a TL, a oração é apenas  um símbolo;
34 – Se a atitude do arcebispo de Olinda e Recife (PE), D. José Cardoso Sobrinho, que falou da excomunhão pela força do próprio ato, para os que participaram do aborto dos gêmeos de Alagoinha, foi duramente questionada na sua paróquia;
35 – Se a Romaria da Terra foi tida como peregrinação religiosa;
36 – Se o Padre autorizar a comunhão dos casais de segunda união;
37 – Se na sua paróquia há confissão comunitária;
38 – Se as passeatas são mais incentivas que as procissões;
39- Se a ecologia for o assunto principal da formação paroquial;
40 – Se a ordenação feminina for defendida na homilia;
41 – Se ouvir falar em “espírito do Concílio Vaticano II” para justificar a luta pela causa operária;
42 – Quando o pároco não quer saber de escola bíblica ou escola da fé na sua paróquia.

Vou parar por aqui… tu isso que escrevi foi o que vivenciei nas paróquias por onde passei, creio que essa lista pode ser maior na sua paróquia.
Então,  como combater a Teologia da Libertação?
A primeira coisa é estudar o que é a TL e depois formar outros e outros para que juntos formemos frente a essa heresia.
Eis alguns pronunciamentos oficiais da IGREJA CATÓLICA sobre assuntos questionados pela TL disponíveis no site www.veritais.com.br:
Beato Pio IX
Quanta Cura (8 de dezembro de 1864) , sobre o comunismo, o socialismo e o protestantismo
Leão XIII
Immortale Dei (1° de novembro de 1885) , sobre a constituição cristã dos Estados
Inscrutabili Dei Consilio (21 de abril de 1878) , sobre os males da sociedade moderna, suas causas e seus remédios
Libertas Praestantissimum (20 de junho de 1888) , sobre a liberdade e o liberalismo
Quod Apostolici Muneris (28 de dezembro de 1878) , sobre o socialismo – em inglês
Rerum Novarum (15 de maio de 1891) , sobre a condição dos operários
Sapientiae Christianae (10 de janeiro de 1890) , sobre os cristãos como cidadãos – em inglês
Tametsi Futura Prospicientibus (1 de novembro de 1900) , sobre Jesus Cristo Redentor – em inglês
 São Pio X
E Supremi (4 de Outubro de 1903) , sobre a restauração de todas as coisas em Cristo Rei – em inglês
Il Fermo Proposito (11 de Junho de 1905) , sobre a ação católica na Itália – em inglês
Vehementer Nos (11 de Fevereiro de 1906) , sobre a lei francesa de separação entre Igreja e Estado – em inglês
 Bento XV
Pacem, Dei Munus Pulcherrimum (23 de Maio de 1920) , sobre a restauração cristã da paz – em espanhol
 Pio XI
Acerba Animi (29 de Setembro de 1932) , sobre a perseguição da Igreja no México – em inglês
Divini Illius Magistri (31 de Dezembro de 1929) , sobre a educação cristã da juventude
Mit Brennender Sorge (14 de Março de 1937) , sobre a Igreja no Reich alemão – em inglês
Nos Es Muy Conocida (28 de Março de 1937) , sobre a situação religiosa no México – em inglês
Quadragesimo Anno (15 de Maio de 1931) , sobre a restauração e aperfeiçoamento da ordem social em conformidade com a lei evangélica, no XL aniversário da Encíclica de Leão XIII “Rerum Novarum”
Quas Primas (11 de Dezembro de 1925) , sobre a festa de Cristo Rei – em espanhol
Ubi Arcano Dei Consilio (23 de Dezembro de 1922) , sobre a paz de Cristo no Reino de Cristo – em inglês
 Pio XII
Dum maerenti animo (29 de junho de 1956) , sobre a perseguição religiosa na Europa Oriental – em italiano
Sacro vergente anno (7 de julho de 1952) , sobre a consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria – em italiano
Cupimus imprimis (18 de janeiro de 1952) , sobre a Igreja Católica na China – em italiano
Ad Apostolorum Principis (29 de Junho de 1958) , sobre a Igreja Católica na China
Ad Caeli Reginam (11 de Outubro de 1954) , sobre a realeza de Maria e a instituição de sua festa
Anni Sacri (12 de Março de 1950) , sobre a oração cristã e a concórdia entre os povos
Haurietis Aquas (15 de Maio de 1956) , sobre o culto do Sagrado Coração de Jesus
Humani Generis (12 de Agosto de 1950) , sobre as opiniões falsas que ameaçam a doutrina católica
Meminisse Iuvat (14 de Julho de 1958) , sobre a paz no mundo e a liberdade da Igreja
Mirabile Illud (6 de Dezembro de 1950) , sobre a concórdia entre os povos
Optatissima Pax (18 de Dezembro de 1947) , sobre as orações públicas para a pacificação dos povos
Quemadmodum (6 de Janeiro de 1946) , sobre a assistência às crianças indigentes
Summi Maeroris (19 de Julho de 1950) , sobre um novo pedido de orações pela paz e concórdia entre os povos
Summi Pontificatus (20 de Outubro de 1939) , sobre o programa de seu pontificado
Beato João XXIII
Mater et Magistra (15 de maio de 1961) , sobre a evolução da questão social à luz da doutrina cristã
Pacem in Terris (11 de abril de 1963) , sobre a paz de todos os povos na base da verdade, justiça, caridade e liberdade
Concílio Ecumênico Vaticano II
Gaudium et Spes (7 de dezembro de 1965) , sobre a Igreja no mundo de hoje
Paulo VI
Evangelii Nuntiandi (8 de dezembro de 1975) , sobre a evangelização no tempo presente
Octogesima Adveniens (14 de maio de 1971) , sobre o LXXX aniversário da “Rerum Novarum”
Populorum Progressio (26 de março 1967) , sobre o desenvolvimento dos povos
João Paulo II
Laborem Exercens (14 de Setembro de 1981) , sobre o trabalho humano no XC aniversário da “Rerum Novarum”
Sollicitudo Rei Socialis (30 de Dezembro de 1987) , sobre o XX aniversário da “Populorum Progressio”
Centesimus Annus (1 de Maio de 1991) , sobre o centenário da “Rerum Novarum”
Evangelium Vitae (25 de Março de 1995) , sobre o valor e a inviolabilidade da vida humana
Carta à CNBB (9 de Abril de 1986) , sobre a missão da Igreja e a Teologia da Libertação
Documentos da Cúria
Libertatis nuntius (6 de Agosto de 1984) , sobre alguns aspectos da “Teologia da Libertação” – em espanhol
Libertatis conscientia (22 de março de 1986) , sobre a liberdade cristã e a libertação – em inglês

quarta-feira, 23 de junho de 2010

A Verdade e as "verdades"


Uma das mais básicas noções de Lógica é o chamado Princípio da Não-Contradição. Ele pode ser expresso de maneira bastante simples: se duas afirmações se contradizem (por exemplo, "A capital do Brasil é Brasília" e "A capital do Brasil é Buenos Aires"), ou uma delas está certa e a outra errada ou ambas estão erradas.


Deus, que é infinitamente perfeito, evidentemente não pode entrar em contradição conSigo mesmo. Assim sendo, a Verdade só pode ser uma só, e tudo o que a contradiz é errado. Nosso Senhor Jesus Cristo disse que Ele é "o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14,6). Do mesmo modo, a Sagrada Escritura nos adverte que há apenas "Um só Senhor, uma só Fé, um só Batismo" (Ef 4,5). Nosso Senhor, antes de ser preso e crucificado, afirma que deu aos Seus discípulos (os Apóstolos, a Igreja) a glória que o Pai Lhe deu para que sejam um, como Cristo e o Pai são Um (Jo 17,22). Isto mostra que, evidentemente, o princípio da não-contradição é válido ao tratarmos da Verdade. O Senhor é único, a Verdade é única, o Caminho é único (Ele não disse que era "uma verdade", ou que era "as verdades"; não disse que era "um caminho", ou que era "os caminhos"); a Fé é única, o Batismo é único. A Igreja verdadeira é também uma só.

Encontramos porém hoje em dia muitas pessoas que negam este princípio básico da Lógica, ao menos no que se aplica ao Cristianismo. Eles afirmam que a Igreja é composta invisivelmente da soma de todos os que crêem em Jesus e O aceitam como Salvador. Há porém um problema seriíssimo neste raciocínio:
Em que Jesus eles crêem? Cada grupo, cada protestante que se afirma salvo crê em um "jesus" diferente. O "jesus" dos batistas nega a eficácia do Batismo, que para ele é simbólico. O "jesus" dos metodistas afirma que o Batismo é eficaz e faz da pessoa um filho de Deus. O "jesus" dos adventistas preocupa-se quase que exclusivamente com a manutenção do sábado dos judeus - sendo que guardar o domingo seria para este "jesus" a marca da Besta - gastando ainda uma certa dose de energia para proibir fumar cigarros, comer carne ou beber cafeína - ao passo que outros "jesuses" mandam descansar no domingo, ou até em dia nenhum.

O "jesus" de uma conhecida modelo "disse a ela em seu coração" que não haveria problema algum em apresentar um programa de venda por telefone de produtos de sex-shop e posar nua para uma revista; dificilmente seria esta o mesmo "jesus" da "Assembléia de Deus", que exige saias abaixo do joelho para as mulheres!

Esta multidão de "jesuses" faz com que seja bastante fácil, na verdade, "aceitar Jesus". Basta procurar uma seita que tenha um "jesus" suficientemente parecido com o que a própria pessoa deseja e o problema está resolvido. Uma conhecida figura política carioca queria viver com uma pessoa que já era casada. O "jesus" de sua seita, entretanto, não permitia segundas núpcias. Nada mais fácil: bastou passar a "congregar" em outra seita cujo "jesus" permitia a legitimação do adultério e o "casamento" pôde ser feito.

Para os protestantes da primeira seita, porém, esta pessoa continua sendo uma "evangélica" em boa situação, pertencente à "Igreja invisível" que reúne todos os que aceitam um "jesus" fabricado por encomenda em seus corações! O fato dela ter escolhido reunir-se ("congregar-se") com outras pessoas cuja crença está em contradição com a crença da seita em que saiu não é em absoluto motivo suficiente para ela deixar de ser "contada entre os eleitos" por aqueles que ela deixou. O fato dela ter escolhido uma "verdade" que esta em contradição com a "verdade" pregada pela seita de que saiu, na opinião deles, não significa que ela não siga a (um) "jesus" e assim seja parte desta "Igreja invisível" e auto-contraditória.

Como isso pode ocorrer? Como o princípio de não-contradição pode ser tão soberbamente ignorado? É simples: o orgulho humano prefere criar um "jesus" a sua imagem e semelhança que aceitar Nosso Senhor Jesus Cristo, cujas palavras são freqüentemente duras de ouvir (Jo 6,61). Esta idolatria (não há outro nome para a adoração de uma criação humana) é infelizmente a marca do protestantismo. Não há, para eles, uma só Fé, um só Batismo, um só Caminho, uma só Verdade. Há apenas a união no ódio à Igreja verdadeira e na negação de aceitar o Verdadeiro Cristo, substituído por uma criação humana que por ter sido apelidada por seus criadores de "jesus" poderia, acham eles, salvar.



Autor: Carlos Ramalhete - Livre cópia e difusão do texto em sua íntegra com menção do autor.

MARIA, SEMPRE VIRGEM

Desde o início do cristianismo Nossa Senhora é venerada como "Áiepartenon", isto é, "Sempre Virgem".

A maioria cristãos acredita na virgindade de Nossa Senhora antes de parto e durante o parto. Os cristãos protestantes negam que ela tenha permanecido virgem durante sua vida terrena. Demonstraremos abaixo as 3 situações de sua virgindade.

Nossa Senhora era Virgem antes do Parto

Este fato pode-se constatar na própria Bíblia: "O Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma virgem desposada... e o nome da Virgem era Maria" (Lc 1,26). Nossa Senhora ainda dá testemunho de sua virgindade ao responder ao Anjo: "Como se fará isso, pois eu não conheço varão?"

Nossa Senhora permaneceu Virgem durante o Parto

O que é concebido por milagre deve nascer por milagre. O nascimento é uma conseqüência da concepção; sem o milagre do nascimento virginal, o milagre de se manter a virgindade de Nossa Senhora estaria incompleto. Deus então teria operado um milagre incompleto.

E isto está conforme à profecia "uma virgem conceberá e dará à luz". E a própria Bíblia confirma a profecia: "Ora, tudo aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor, por meio do profeta." (Mt 1,22); ou seja, conceber e dar à luz, virginalmente.

Nossa Senhora permaneceu Virgem durante sua vida terrena

Segundo a tradição, Nossa Senhora havia feito um voto de castidade perpétua e assim o manteve, mesmo vivendo com S. José, como fica clara pela própria afirmação dela : "Eu não conheço varão", quando já estava desposada de S. José.

São Marcos, na mesma linha, chama Jesus "O filho de Maria" - "uiós Marias" (Mc 6,3), e não um dos filhos de Maria, querendo mostrar que ele era o seu filho único.

Os protestantes se utilizam da expressão "antes de coabitarem" para demonstrar que Nossa Senhora teve relações sexuais com São José. Vamos ao trecho em questão: "Maria, sua Mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, ela concebeu por virtude do Espírito Santo" (Mt 1,18). Ora "antes de coabitarem" significa apenas "antes de morarem juntos na mesma casa". Isso aconteceu quando "José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa." (Mt 1,24).

Nossos irmãos separados cometem outro engano acerca da expressão "filho primogênito", para continuar negando a Virgindade perpétua de Nossa Santa Mãe. Esta expressão é usada por São Lucas: "Maria deu à Luz o seu filho primogênito" (Lc 2,7). "Filho primogênito" significa somente "primeiro filho", podendo ele ser filho único ou não.

A Lei de Moisés exige que todo primogênito seja consagrado a Deus, quer seja filho único ou não. É como observamos em: "Consagrar-me-ás todo o primogênito entre os israelitas, tanto homem como animal: ele é meu" (Ex. 13,2). Ainda no livro do Êxodo observamos: "Todo o primogênito na terra do Egito morrerá" (Ex. 11,5). E assim aconteceu: "Não havia casa em que não houvesse um morto" (Ex. 11,30). Como em todos os países, deveria haver casais de um só filho; como por exemplo, todos os que haviam se casado nos últimos anos.

Em outro trecho da Bíblia, o Senhor ordena: "contar todos os primogênitos masculinos dos filhos de israel, da idade de um mês para cima" (Num 3,40). Se há primogênito de um mês de idade, como é que se pode exigir que, para haver primeiro, haja um segundo?

O segundo texto bíblico preferido dos protestantes é este: "José não conheceu Maria [não teve relações com ela] até que ela desse à luz um filho." (Mt 1,25). Estaríamos certos em pensar que José "conheceu" Maria após ela "ter dado à luz um filho."; se o sentido bíblico da palavra "até" não fizesse referência apenas ao passado. Isto quer dize que é errado pensar que depois daquele "até", José deveria "conhecer" Maria.

Observe os exemplos: "Micol, filha de Saul, não teve filhos até ao dia de sua morte" (II Sam 6,23). Será que após a sua morte Micol gerou filhos? Falando Deus a Jacó do alto da escada que este vira em sonhos, disse-lhe: "Não te abandonarei, enquanto[até] não se cumprir tudo o que disse." (Gen 28,15). Será que Deus está dizendo a Jacó que o abandonaria depois? E ainda Nosso Senhor depois de haver ressuscitado parece a seus discípulos e diz: "Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos." (Mt 28,20).

Estes exemplos deixam claro que a palavra "até" no texto de Mt 1,25 é um reforço do milagre operado, a saber, a encarnação do Verbo por obra do Espírito Santo, e não por obra de homem [São José].

Outra forma dos protestantes negarem a virgindade perpétua de Nossa Senhora, é alegando que a Bíblia mostra que ela teve outros filhos, além de Jesus. Em diversos lugares, o Evangelho fala desses "irmãos" de Jesus: "estando Jesus a falar, disse-lhe alguém: eis que estão lá fora tua mãe e teus irmãos querem ver-te" (Mt 12, 46-47; Mc 3,31-32; Lc 8,19-20).

O argumento protestante somente mostra um ignorância sem tamanho da própria Bíblia que eles dizem conhecer. As línguas hebraica e aramaica não possuem palavras que traduzem o nosso "primo" ou "prima", e serve-se da palavra "irmão" ou "irmã". A palavra hebraica "ha", e a aramaica "aha", são empregadas para designar irmãos e irmã do mesmo pai, e não da mesma mãe (Gn 37, 16; 42,15; 43,5; 12,8-14; 39-15), sobrinhos, primos irmãos (1 Par 23,21), primos segundos (Lv 10,4) e até parentes em geral (Jó 19,13-14; 42,11). Portanto a palavra "irmão" era um expressão genérica.

Exitem muitos outros exemplos na Sagrada Escritura. Observamos no Gênesis que "Taré gerou Abraão, Naor e Harã; e Harã gerou a Ló" (Gn 11,27). E Ló então era sobrinho de Abraão. Contudo no mesmo Gênesis, mais adiante Abraão chama a Ló de irmão (Gn 13,8). E mais adiante ainda em Gn 14,12, o Evangelho nos relata a prisão de Ló; e no versículo 14 observamos "Ouvindo, pois Abraão que seu irmão estava preso, armou os seus criados, nascido em sua casa, trezentos e dezoito, e os perseguiu até Dã"

Jacó se declara irmão de Labão, quando na verdade era filho de Rebeca, irmã de Labão (Gn 29,12-15).

No Novo Testamento, fica claríssimo que os "irmãos de Jesus" não eram filhos de Nossa Senhora. Estes supostos "irmãos" são indicados por São Marcos: "Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão e não estã aqui conosco suas irmãs?"

Tiago e Judas, conforme afirma São Lucas eram filhos de Alfeu e Cleófas: "Chamou Tiago, filho de Alfeu... e Judas, irmão de Tiago" (Lc 6,15-16). E ainda: "Chamou Judas, irmão de Tiago" (Lc 6,16).

São Mateus diz que José é irmão de Tiago: "Entre os quais estava...Maria, mãe de Tiago e de José" (Mt 27,56).

Em São Mateus se lê: "Estavam ali [no calvário], a observar de longe..., Maria Mágdala, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu". Esta Maria, mãe de Tiago e José, não é a esposa de São José, mas de Cleofas, conforme São João (19,25). Era também irmã de Nossa Senhora, como se lê em São João (19,25): "Estavam junto à cruz de Jesus sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria [esposa] de Cleofas, e Maria de Mágdala".

Simão, irmão dos outos três, "Tiago, José e Judas". Portanto estes quatro são verdadeiramente irmãos entre si, filhos do mesmo pai e da mesma mãe. Alfeu ou Cleofas é o pai deles.

E ainda se Nossa Senhora tivesse outros filhos ela não teria ficado aos cuidados de São João, que não era da família, mas com seu filho mais velho, segundo ordenava a Lei de Moisés.

Agora uma pequena pergunta aos protestantes: Por que nunca os evangelhos chamam os "irmãos de Jesus" de "filhos de Maria" ou "de José", como fazem em relação a Nosso Senhor? E como durante toda a vida da Sagrada Família, os números de seus membros são três? A fuga pra o Egito, a perda e o reencontro no templo, etc.

A heresia de negar a virgindade perpétua de Nossa Senhora é mais uma novidade inventada pela Reforma no século XVI. Vejamos agora se os primeiros cristão compartilham dos pensamentos levantados pelos protestantes.

São Tiago Menor que realizou o esquema da liturgia da Santa Missa escreveu: "Prestemos homenagem, principalmente, à Nossa Senhora, à Santíssima Imaculada, abençoada acima de todas as criaturas, a gloriosíssima Mãe de Deus, sempre Virgem Maria..." (S. jacob in Liturgia sua).

São Marcos na liturgia que deixou às igrejas do Egito serve-se de expressões semelhantes: "Lembremo-nos, sobre tudo, da Santíssima, intermerata e bendita Senhora Nossa, a Mãe de Deus e sempre Virgem Maria".

E os testemunhos primitivos acerca da virgindade perpétua de Nossa Santa mãe não páram por ái...


Autor: Alessandro Ricardo Lima (EX-PROTESTANTE)
Fonte: site Veritatis Splendor

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